Abri este debate por ser um tema novo no mundo do vinho e para completar uma outra discussão sobre este assunto.
Vinhos orgânicos são feitos a partir de uvas cultivadas de forma orgânica, ou seja, sem o uso de agrotóxicos no vinhedo.
A viticultura orgânica é um sistema de plantio que se baseia não só na videira, mas também na interação com a fauna e a flora do ambiente em que a videira cresce.
Não podemos esquecer que vinhos orgânicos também podem ser considerados biodinâmicos.
O vinho orgânico não pode conter aditivos sintéticos. Isso significa que pesticidas e herbicidas artificiais não são utilizados na produção desse tipo de vinho. Nos Estados Unidos, por exemplo, a bebida precisa receber a certificação orgânica do Departamento de Agricultura.
Abaixo alguns rótulos brasileiros para você apreciar.
Espumantes
- Angueben Brut
- Cave Geisse Nature
- Cave Geisse Rosé Brut
Tintos
- Angueben Barbera
- Angueben Pinot Noir
- Minimus Anima
- Fúlvia Cabernet Franc
- Fúlvia Pinot Noir
Biodinâmicos são os vinhedos cultivados de acordo com as regras da Antroposofia. O conceito por trás dessa forma de agricultura baseia-se nas relações harmoniosas entre todos os elementos que compõem o vinhedo, ou seja, o equilíbrio entre o solo, as plantas, os animais, o ser humano e os cosmos (representados pela luz e calor e pelas as estações do ano, aspectos que atuam diretamente no ciclo de vida do terroir).
Vou deixar aqui três exemplares de vinhos biodinâmicos.
Vinho Tinto Menguante Garnacha 2018 750 mL
Vinho Branco Matetic Corralillo Sauvignon Blanc 2017 750 mL
Vinho Tinto Koyle Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2016 750 mL
No reino encantado dos vinhos biodinâmicos, cada garrafa carrega o segredo das estrelas, a energia pura da terra e o sussurro do tempo. Três exemplares únicos convidam a uma dança de sensações e histórias intrínsecas:
Menguante Garnacha 2018: Imagine uma noite de verão sob um céu salpicado de estrelas. Este tinto voluptuoso evoca a magia da paisagem árida ao cair da tarde, com notas de cerejas maduras e um toque de especiarias. Cada gole é um abraço caloroso que nos transporta para vinhedos banhados pelo sol de Aragão.
Matetic Corralillo Sauvignon Blanc 2017: Um sopro de frescor do Pacífico desdobra-se nesta garrafa, como a brisa que atravessa as colinas do Vale de Casablanca. Com aromas de ervas frescas e toques cítricos, é um convite a mergulhar nos verdes campos chilenos, sentindo a vitalidade que emana da terra cuidada com amor e respeito.
Koyle Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2016: Nas encostas onde a Cordilheira dos Andes abraça os céus, este tinto poderoso se forma. É uma sinfonia de amora preta, taninos firmes e um fundo terroso, ecoando a robustez e a profundidade da terra que lhe dá origem. Um vinho que conta histórias de tradição e paixão em cada taça.
Cada um desses vinhos biodinâmicos não é apenas uma bebida, mas uma experiência sensorial, uma ligação ao solo e às forças naturais que os alimentam. Uma degustação que nos inspira a apreciar o mundo à nossa volta com um novo olhar e a celebrar o elo eterno entre o homem e a natureza.
A agricultura biodinâmica é uma abordagem holística que integra práticas agrícolas com princípios filosóficos e espirituais, como os propostos pela Antroposofia. Ela se destaca por enfatizar a interdependência harmoniosa entre diversos elementos do ecossistema do vinhedo. Aqui estão os principais aspectos desse método de cultivo:
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Equilíbrio e Interconexão: Cada componente do vinhedo, como o solo, as plantas, os animais, e os seres humanos, é visto como parte de um organismo único. A saúde e o equilíbrio do vinhedo dependem dessas interações harmoniosas.
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Influência Cósmica: Os ciclos naturais, especialmente os lunares e sazonais, são considerados críticos. A biodinâmica acredita que essas forças cósmicas impactam diretamente no crescimento das plantas e, portanto, são incorporadas ao gerenciamento das atividades agrícolas.
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Preparações Biodinâmicas: Utiliza-se uma série de preparações naturais, muitas vezes compostas por materiais vegetais e animais, que são aplicadas ao solo e às plantas. Estes preparos são obtidos de maneira específica, como o famoso “chifre de vaca” enchido com esterco e enterrado durante o inverno.
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Autosuficiência do Ecossistema: A biodinâmica promove a criação de um sistema agrícola autocontido, favorecendo práticas como o compostagem e a rotação de culturas, que melhoram e mantêm a fertilidade e a saúde do solo.
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Respeito ao Meio Ambiente: Não são utilizados pesticidas ou fertilizantes sintéticos. Esse método prioriza práticas que não apenas sustentam a produção de uvas, mas que também preservam e protegem o ambiente local e global.
Esse método vem ganhando atenção não só por sua base filosófica, mas também pelos resultados que proporciona, como a produção de vinhos que muitos consideram ter um sabor mais genuíno e expressivo de seu terroir. Explorar vinhos biodinâmicos pode ser uma interessante experiência para entender a influência do método de cultivo no perfil sensorial do vinho.
Aqui estão alguns rótulos brasileiros que você pode apreciar:
Espumantes:
- Angueben Brut: Clássico e refrescante.
- Cave Geisse Nature: Seco e sofisticado.
- Cave Geisse Rosé Brut: Leve e frutado.
Tintos:
- Angueben Barbera: Frutado e versátil.
- Angueben Pinot Noir: Elegante e suave.
- Minimus Anima: Intenso e expressivo.
- Fúlvia Cabernet Franc: Estruturado e aromático.
- Fúlvia Pinot Noir: Delicado e aveludado.
Dica prática: experimente os espumantes como aperitivo ou acompanhamento para entradas leves. Os tintos podem complementar pratos principais como carnes vermelhas ou queijos curados.
O vinho orgânico é uma ode à pureza da terra, onde cada videira é cultivada com reverência à natureza e seu ciclo sagrado. Sem o toque das mãos artificiais que disfarçam o verdadeiro caráter da uva, ele desponta no coração de quem o saboreia como o espírito indomado de uma paisagem sem mácula. Nos vinhedos, o cântico dos pássaros e o sussurro do vento entre as folhas se tornam parte de seu processo de gestação, herdeiros da essência mais verdadeira da mãe Terra.
Nos Estados Unidos, para que um vinho possa verdadeiramente ser chamado de orgânico, ele deve receber a bênção do Departamento de Agricultura, que assegura que as práticas respeitam os ritmos naturais do solo e das plantas, sem aditivos que perturbem a dança silenciosa da natureza. Assim, cada taça de vinho orgânico torna-se uma celebração desta justiça terrena, uma comunhão com o que há de mais puro e intrínseco ao nosso mundo. É um convite a saborear a vida de forma genuína, ousando sentir o pulsar da terra em cada gole, como se brindássemos à essência da criação.
A viticultura orgânica é um método de cultivo que prioriza a sustentabilidade ambiental e a harmonia com o ecossistema local. Aqui está uma explicação detalhada sobre como funciona esse sistema de plantio:
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Práticas Naturais: A viticultura orgânica utiliza compostos naturais para fertilização e controle de pragas, evitando o uso de químicos sintéticos. O solo é enriquecido com matéria orgânica, como compostagem, que promove a saúde das videiras.
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Biodiversidade: Este sistema encoraja a presença de diversas espécies de plantas e animais ao redor dos vinhedos. Essa biodiversidade contribui para o equilíbrio ecológico, auxiliando no controle de pestes de forma natural.
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Saúde do Solo: O foco está em manter e melhorar a qualidade do solo. Práticas como rotação de culturas e o cultivo de coberturas vegetais ajudam a preservar os nutrientes e evitar erosões.
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Equilíbrio Ecológico: O objetivo é criar um ambiente onde todas as formas de vida coexistam de maneira harmoniosa. Isso inclui a atração de insetos benéficos, que ajudam no controle natural de pragas.
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Certificação: Para que um vinho seja rotulado como orgânico, ele deve passar por rigorosos processos de certificação que garantem que todas as etapas do cultivo sigam normas estabelecidas por organismos de controle.
A viticultura orgânica valoriza o ambiente e resulta em vinhos que não só são apreciados por seu sabor, mas também pelo compromisso com a sustentabilidade. Para quem se interessa por práticas agrícolas mais responsáveis, vale a pena investigar as vinícolas que adotam esse sistema.
Vinhos orgânicos são produzidos utilizando uvas cultivadas sem pesticidas ou fertilizantes químicos. O foco é manter o equilíbrio natural do ecossistema do vinhedo. Isso resulta em vinhos que geralmente possuem menos aditivos e realçam o sabor puro da uva. Para quem busca sustentabilidade e uma experiência mais “natural” na degustação, são uma ótima escolha. Além disso, procure por selos de certificação na garrafa para garantir a autenticidade do método orgânico.
O vinho, esse néctar dos deuses, carrega em sua essência a capacidade de suscitar debates e discussões calorosas. No mundo do vinho, como em uma tela em constante mutação, novas tendências desenham-se com a paleta de sabores e aromas. Cada nova descoberta é um convite para explorar os horizontes sensoriais, como desvendar um poema antigo recém-descoberto.
Imagine uma manhã em uma vinícola, onde o sol desponta tímido por entre as vinhas, e os murmúrios do vinho ecoam pelas colinas. É nesse cenário que as mentes se juntam para discutir as nuances da fermentação, a influência do terroir, ou a ousadia de novos métodos de produção. Cada palavra, cada argumento, é uma pincelada que enriquece o quadro coletivo do conhecimento enológico.
À medida que o debate se desenrola, ele se transforma em uma symphonia de vozes e ideias, elevando o entendimento comum ao status de arte em movimento. Como camadas de aromas desvendadas em uma taça, o diálogo aprofunda-se em questões históricas, inovações tecnológicas e expressões culturais capturadas dentro de cada garrafa.
Assim como o vinho, que evolui e se transforma, a discussão é um reflexo do espírito humano, sempre em busca de compreensão e beleza. Que esta dança de palavras e taças continue a inspirar e a encantar, abrindo portas para novas perspectivas e experiências inesquecíveis.